Biossegurança Hospitalar: os principais cuidados em tempos de COVID-19

O vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, foi identificado no Brasil, em março de 2020. Mais de um ano depois e milhares de vidas perdidas, a situação ainda exige cautela e respeito a algumas regras.

O isolamento social é um dos principais meios de combate ao vírus, junto ao uso de máscaras, às medidas necessárias de higiene e, no caso de profissionais da saúde, à atenção às normas de biossegurança hospitalar.

Além de higienizar as mãos, tomar banho ao chegar em casa e deixar os sapatos em local separado, enfermeiros, médicos e outros profissionais da área precisam ter um cuidado maior devido ao risco do ambiente em que trabalham.

O ambiente hospitalar é, naturalmente, ocupado por alguns fungos, bactérias e outros microrganismos. Por isso, os protocolos de biossegurança hospitalar são essenciais para prevenir, reduzir, controlar e eliminar os riscos à saúde de pacientes e profissionais.

Em tempos de COVID-19, essa é uma preocupação ainda maior devido à transmissibilidade do vírus. Por isso, compartilhamos as boas práticas de biossegurança hospitalar neste artigo.

Acompanhe a leitura até o final e descubra a importância do tema, as principais medidas no cenário de pandemia e por que é importante ter um sistema de ventilação e exaustão eficiente.

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Por que a biossegurança hospitalar é importante?

A biossegurança em ambientes hospitalares é essencial para prevenir doenças e proteger a saúde de pacientes, colaboradores e de suas famílias. Por isso, diversos órgãos, como a Anvisa e até a legislação brasileira, criam normas para assegurar a prática.

Essa não é uma peculiaridade de momentos de pandemia. A preocupação em controlar infecções nesses ambientes é constante e, portanto, a biossegurança é um dos pilares do funcionamento de hospitais.

Afinal, partículas de poeira e vírus podem penetrar profundamente no sistema respiratório e causar ameaças à saúde. Em ambientes comumente frequentados por pessoas doentes, portanto, medidas de prevenção são essenciais.

Os microrganismos podem estar presentes não só em pacientes e em suas roupas, mas também em superfícies de contato, como cadeiras e portas, e no ar. Assim, é importante garantir a limpeza e filtragem constantes desses ambientes.

Em um cenário de pandemia, é natural que esses cuidados sejam intensificados. Afinal, os profissionais de saúde estão entre o grupo de pessoas mais infectadas pelo vírus.

Quais são as principais medidas de segurança em tempos de COVID-19?

A biossegurança hospitalar é essencial para reduzir o risco de contaminação em ambientes com grande fluxo com suspeita ou diagnosticadas com a COVID-19.

É importante garantir que colaboradores e prestadores de serviço estejam cientes das medidas necessárias para prevenir a infecção. A saber, higienizar as mãos com frequência, descartar materiais de uso individual e utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) apropriados.

Recomenda-se a utilização de máscaras do tipo N95 ou PFF2, óculos de proteção, jaleco impermeável, calçado fechado, touca ou gorro, face shield e luvas como EPIs.

É importante, ainda, saber em que momento e como utilizar cada EPI apropriadamente para evitar a contaminação e propagação do SARS-CoV-2 e de outros microrganismos.

Cuidados adicionais, como a remoção de barba e a proteção dos cabelos também são recomendáveis.

A limpeza e desinfecção de superfícies e instrumentos também são essenciais. Para isso, podem ser utilizados saneantes, álcool com concentração entre 62% e 71%, solução de água sanitária e cloro.

Após esses cuidados básicos, os locais que recebem pacientes de COVID-19 devem considerar adotar medidas de triagem. Como o distanciamento social é recomendável, utilizar uma sala de espera para avaliar a necessidade de atendimento é uma boa prática.

Na sala, devem ser disponibilizados álcool 70% em gel para higienização das mãos e máscaras descartáveis. A equipe responsável pela triagem deve evitar a aglomeração de pessoas, controlando a entrada de pacientes ou garantindo um distanciamento mínimo.

Alguns pacientes podem ser direcionados a uma área de tratamento contra a COVID-19. É importante que esses ambientes tenham colaboradores dedicados. Nesse sentido, também deve haver uma área reservada para a colocação e a retirada de EPIs.

É necessário, além disso, seguir as diretrizes do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), a fim de garantir a filtragem do ar, reduzir os riscos de contaminação e, assim, preservar a saúde de pacientes e colaboradores.

EPC Hospitalar: qual é a importância do sistema de ventilação e exaustão?

Há indícios de que o vírus que causa a COVID-19 sobrevive em superfícies por vários dias e que pode ser transmitido também pelo ar, o que varia de acordo com o tipo, a temperatura ou umidade do ambiente.

Uma pesquisa foi realizada em Wuhan, cidade chinesa indicada como a origem do SARS-CoV-2 nesse sentido. A equipe coletou amostras do vírus suspensas no ar em ambientes hospitalares destinados ao tratamento de pacientes com a COVID-19.

A concentração do vírus foi identificada em diferentes áreas do hospital, mas variou de acordo com o isolamento pressurizado, a troca de ar na sala e a frequência de desinfecção.

Nos banheiros da equipe de saúde, nas salas de retirada de EPIs e até mesmo no ar ao redor dos hospitais, houve uma maior quantidade de vírus detectada.

Os resultados indicam que a ventilação dos espaços, a sanitização e uso adequado de EPIs e a desinfecção do banheiro podem limitar a concentração do vírus que causa a COVID-19 em aerossóis, uma das possíveis maneiras de infecção.

Isso sugere que Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), o que inclui o sistema de filtragem do ar, também são essenciais no combate ao vírus em ambientes hospitalares.

O PMOC deve guiar os procedimentos necessários para manter a limpeza, conservação e manutenção dos sistemas de climatização do ambiente, com o objetivo de garantir a boa qualidade do ar e assegurar a saúde das pessoas.

A limpeza constante e a remoção de substâncias contaminantes no sistema são ainda mais importantes em um cenário de pandemia, o que inclui a troca, a higienização, o descarte adequado de filtros de ar e a análise constante da qualidade do ambiente.

Os filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air) são os mais indicados para a biossegurança hospitalar, pois conseguem filtrar 99% das impurezas e eliminar partículas contaminantes, como o vírus que causa a COVID-19, com eficiência.

Uma das funções desses filtros é absorver o ar para reinserção no ambiente e, assim, impedir a introdução de partículas contaminantes. O sistema de exaustão desses filtros também é essencial, pois promove a remoção de vapores, poeiras e gases e, assim, cria um ambiente hospitalar ainda mais limpo e seguro.

A biossegurança hospitalar é, em resumo, muito importante para o combate à transmissão do SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, em ambientes com grande fluxo de pessoas contaminadas. É preciso garantir os cuidados básicos com a higiene, protocolos de desinfecção, o distanciamento social e a utilização adequada de Equipamentos de Proteção Individual e a limpeza constante do ar.

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